Ben Sulayem reafirma inocência e diz que “sabe quem está por trás” de investigações

Presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem ainda culpou as equipes de Fórmula 1 por ele ter sido "condenado" pela opinião pública durante as investigações

Após ter sido acusado de manipulação de resultado no GP da Arábia Saudita de 2023 e de interferência na aprovação da pista para o GP de Las Vegas, também realizado no ano passado, Mohammed Ben Sulayem voltou a se manifestar, nesta terça-feira (23), e afirmou que “sabe quem está por trás” das denúncias.

Responsável pelas investigações, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) emitiu um comunicado, no último dia 20 de março, informando que o Comitê de Ética da entidade “foi unânime na determinação de que não havia evidências para fundamentar as alegações de interferência de nenhum tipo”. Desta forma, o emiradense ficou isento de qualquer punição.

No entanto, o dirigente de 62 anos está longe de deixar o assunto para trás. Em uma entrevista à agência de notícias francesa AFP, Ben Sulayem desafiou os supostos acusadores ao afirmar que ele sabe quem foram os responsáveis pelas investigações. “Eles não tiveram coragem de vir me ver”, disse Mohammed.

“Honestamente, posso ficar de pé, olhar nos olhos e dizer que sou um esportista que joga de acordo com as regras. Sei quem está por trás de tudo isso, mas não posso dizer”, continuou.

Mohammed Ben Sulayem desafiou acusadores (Foto: Reprodução/FIA)

Nas últimas semanas, o presidente da FIA recebeu apoio de diversos membros do órgão dirigente ao redor do mundo. No início de abril, 34 representantes de associações do continente americano, incluindo Fabiana Ecclestone, vice-presidente da FIA na América do Sul, Giovanni Guerra, mandatário da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), e Humberto Kennedy, do Automóvel Clube Brasileiro (ACBr), saíram em defesa do mandatário.

Uma semana depois, foi a vez de 13 federações e clubes da Europa Central emitirem um comunicado em conjunto manifestando apoio ao dirigente, ato que foi repetido por 27 federações da região do Oriente MédioNorte da África e sub-região do Conselho Árabe de Clubes de Turismo e Automobilismo.

“Estou impressionado com o apoio dos membros da FIA”, agradeceu Ben Sulayem. “As pessoas precisam entender que foram os membros que me colocaram onde estou”, lembrou, antes de mandar um recado às equipes de Fórmula 1 e aos veículos de notícias, que, de acordo com o emiradense, foram os responsáveis por ele ter sido “condenado” pela opinião pública.

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Ben Sulayem diz que equipes de F1 fizeram ele ser “condenado” por opinião pública (Foto: Reprodução/Khaleej Times)

“Não é a mídia ou as equipes de F1 que são a origem [de sua posição]. Respeito todos, mas não fui eleito para me importar com a opinião deles ou com a opinião de alguém sobre mim. Gostaria que as acusações contra mim fossem apenas acusações, mas fui condenado no tribunal da opinião pública. Não tenho nada a esconder”, finalizou.

Fórmula 1 retorna de 3 a 5 de maio para a disputa do GP de Miami, o primeiro de três que acontecem nos Estados Unidos na temporada 2024.

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